Qualificar a atenção às gestantes, puérperas e crianças, no sentido de prevenir a morbimortalidade materna e infantil, é o principal objetivo da implantação da linha de cuidados materno infantil no sistema municipal de saúde de Floriano. Essa que é uma prioridade nacional, aponta para a necessidade de adotar medidas destinadas a assegurar a melhoria do acesso, da cobertura, da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério e da assistência à criança. Por isso, médicos e enfermeiros das equipes da atenção primária de Floriano passaram por capacitação do Protocolo de Saúde da Criança de 0 a 5 anos, durante toda a segunda-feira (15), na faesf.
Segundo a assessoria técnica do município para a planificação do sus, este processo visa garantir a ampliação do acesso, acolhimento, resolutividade e a redução do número de óbitos evitáveis de mulheres e crianças no país. Tratando-se de um modelo de atenção que garante às mulheres e às crianças uma assistência humanizada e de qualidade, por meio da ampliação do acesso e da melhoria da qualidade do pré-natal, da vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro, da implementação de boas práticas na atenção ao parto e nascimento com a atenção à saúde das crianças de 0 a 5 anos de idade.
Em todo o mundo, as mortalidades materna e infantil continuam a ser um problema de saúde pública de grande proporção, pelas mortes evitáveis, razão pela qual seu enfrentamento com novas possibilidades de acesso e atenção devem constituir uma prioridade. Quanto a redução da mortalidade, os novos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) convocam para um esforço de eliminação das mortes evitáveis entre os anos de 2016 e 2030. As experiências de vários países têm demonstrado que há diferenças entre a mortalidade relacionada às condições socioeconômicas e variáveis sociais como: escolaridade da mãe, etnia e acesso aos serviços de saúde em tempo oportuno.
Por isso, a identificação dos fatores de risco para a mortalidade materna e infantil é fundamental para orientar o planejamento das ações para a mudança desses indicadores.
O desafio proposto para as equipes de atenção primária inclui reorganizar os processos de atenção, captação precoce das gestantes, estratificação de risco gestacional e da criança , vinculação da gestante com a maternidade, acompanhamento de puericultura, através de capacitação permanente dos profissionais. Esta Linha de Cuidado é um conjunto de ações que inicia com a captação precoce da gestante, o acompanhamento no pré-natal com no mínimo 6 consultas, a realização dos exames preconizados, a estratificação de risco das gestantes e das crianças, o atendimento em ambulatório especializado com foco voltado especialmente às gestantes e crianças de alto risco, além de acompanhamento da criança desde a gravidez, de forma que essas crianças possam ter um acompanhamento conforme as suas necessidades específicas, e assim, ter um crescimento e desenvolvimento saudáveis.
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