A Prefeitura Municipal de Floriano, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, retomará, a partir da próxima segunda-feira, 16, a ação de recolhimento de animais soltos em vias públicas da cidade. O serviço de captura e remoção de animais conta com laçadores e um veículo do tipo “carrocinha”.
O principal objetivo da ação é conter o avanço de doenças transmitidas por esses animais (cães, gatos, cavalos, jumentos, vacas e outros), bem como proteger e evitar acidentes de trânsito. De acordo com a Secretária de Saúde, Caroline Reis, é notório o aumento desses animais em vias públicas e isso representa um sério risco à população. “Oriento os donos desses animais, principalmente aqueles de maior porte como vacas, cavalos e jumentos, a destinarem um local adequado para a pastagem, na zona rural”, explica.
Caroline Reis acredita que parte dos cães e gatos de rua configura uma triste realidade: o abandono de animais. “Infelizmente algumas pessoas não têm responsabilidade quando pegam esses animais para criar. Eles precisam de cuidados adequados e isso tem um custo com alimentação, vacinas e outras questões. Observamos que em vários pontos da cidade existe uma concentração de animais de rua e vamos ter que recolhê-los”, disse.
Thales Rodrigues, diretor do Centro de Zoonoses, afirma que o abandono expõe estes animais a sofrimento, como morrerem de sede, fome, falta de abrigo, maus tratos e a procriação descontrolada. “É um problema sério que afeta os centros urbanos e que, normalmente, o abandono ocorre por motivos fúteis tais como, sujar a casa, latir, quebrar os pertences, exigir atenção”.
Atualmente, não existe uma multa prevista, na legislação municipal, para o abandono de animais. A única multa prevista diz respeito a animais de grande porte que, ao serem capturados, são enviados para uma localidade na zona rural de responsabilidade da prefeitura. O dono, ao requerer a devolução do seu animal, precisa arcar com essa taxa de soltura.
Em conversa com o prefeito Antônio Reis, a secretária Caroline Reis sugeriu que a legislação municipal vigente fosse revisada para que o dono de animais soltos em vias públicas, da zona urbana, seja penalizado de acordo com o porte do animal, ressarcindo os cofres públicos pelas despesas com alimentação e estadia. “A nossa sugestão é que a legislação seja atualizada. A taxa cobrada pela soltura dos animais é apenas simbólica, mas deveria ser educativa”, completou.
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