UFPI promove palestra sobre 'Pré-natal do homem' para agentes comunitários de saúde de Floriano

UFPI promove palestra sobre “Pré-natal do homem” para agentes comunitários de saúde de Floriano

UFPI promove palestra sobre 'Pré-natal do homem' para agentes comunitários de saúde de Floriano
A Universidade Federal do Piauí, Campus Amílcar Ferreira Sobral, promoveu na manhã desta quarta-feira (27), palestra com o tema “Pré-natal do homem” voltada para os agentes comunitários de saúde de Floriano, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde. O encontro aconteceu no auditório do CEEP (Centro Estadual de Educação Profissional Calisto Lobo). As informações foram repassadas por alunos e professores do Curso de Enfermagem da UFPI. 

No encontro, foram desenvolvidas as temáticas voltadas para estimular e informar a participação do homem no pré-natal, parto e puerpério, além de orientar sobre o encaminhamento para exames de rotina e testes rápidos. Outro ponto trabalhado na palestra diz respeito aos direitos e deveres do homem no acompanhamento da sua parceira em um momento especial para o casal. “Sabemos que por questões culturais, a maioria dos homens se distanciam das suas parceiras nesse momento e isso é erro. Por isso é importante que os agentes comunitários de saúde sejam orientados a direcionar as famílias para uma nova construção de igualdade de gênero”, destaca Caroline Reis, secretária de Saúde de Floriano. 

O professor mestre Felipe Melo, docente do curso de Enfermagem, explicou que a lei garante a ampliação da licença-paternidade em 15 dias, e que já foram observadas evidências positivas para o desenvolvimento da criança e para a igualdade de gêneros. “O envolvimento dos pais no cuidado com os filhos afeta as crianças de muitas formas. Foram observados ganhos como maior desenvolvimento cognitivo, melhor desempenho escolar e menores taxas de delinquência. Crianças de pais que usaram a Licença-Paternidade têm mais probabilidade de serem amamentadas no primeiro ano em comparação a filhos de pais que não utilizaram a licença”, explicou. 

Outros temas abordados no encontro focaram em questões culturais impostas pela sociedade, que criam  estereótipo do homem como um ser invulnerável e forte, e que, na maioria das vezes, acarretam no não envolvimento dos homens no serviço de saúde. Dentre esses aspectos está a gravidez, na qual ele deve ser estimulado a participar de todo o processo, para o bem estar biopsicossocial da mãe, do bebê e dele próprio, sendo o pré-natal o momento oportuno e propício para isso. 
“Frequentemente ocorre a situação de abandono da companheira e da função paterna, denominada de “aborto masculino”, que pode ser oriunda de uma situação de gravidez não desejada. Para isso, faz-se necessário adotar iniciativas de incentivo e reconhecimento da paternidade, relacionando os diversos tipos de arranjos familiares, como por exemplo, casais homossexuais, pais solteiros, adolescentes ou idosos e também homens que desempenham a função paterna (avôs, tios, amigos, padrastos, etc), por isso, é importantíssima a presença do agente comunitário de saúde nesse processo”, disse Emanuella Ribeiro, aluna do curso de Enfermagem.